quinta-feira, 8 de setembro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Ocupação da Reitoria da UFF
“A Via Orla não vai passar, a UFF é pra lutar”
“E cadê? O reitor sumiu!”
A UFF vive uma crise de expansão acompanhada de precarização. Depois de uma tentativa de ocupação na reitoria onde 400 estudantes ocuparam o pátio da reitoria, logo após assembléia dos estudantes no DCE, contudo "foram convidados a se retirarem" pela Tropa de Choque da Polícia Federal e PM’s de fuzis na madrugada da sexta-feira dia 26.
ALGUMAS FOTOS: OCUPAÇÃO UFF PELO ESTUDANTES
Breve explicação:
A grande mobilização dos estudantes envolve tanto o protesto contra a Via Orla e Via 100 que não foram amplamente discutidas com a comunidade acadêmica e local, como a implantação do resultado do plebiscito, que completou um ano este mês, em que 87 % da comunidade acadêmica decidiu pelo fim dos cursos pagos lato sensu na UFF, tendo em vista de que mesmo com a sua realização, a cada Conselho Universitário desejam passar, de qualquer forma, outros cursos pagos.
Na segunda-feira, em menos de uma semana de organização, foi realizada mais uma assembléia geral dos estudantes da UFF em torno de 200 pessoas, no Bandejão em Niterói, com estudantes da sede e outros campi do interior da UFF, onde foi decidido várias pautas de reivindicações dos estudantes, discussão de método de organização, avaliação da mobilização, tiramos entre outras coisas: tirar as estacas onde estava sendo erguido a construção da Via Orla e Via 100 para entregar metade ao Jorge Roberto Silveira (prefeito da cidade) em ato do SEPE na terça e metade delas entregar para o Roberto Sales (reitor da UFF) no CUV na quarta.
Essas vias vão passar por dentro da universidade e outra passará por onde atualmente é uma comunidade pobre e também na região onde hoje é a creche da UFF que atende filhos de servidores, estudantes e professores. Essas discussões destes projetos não foram feitas com a comunidade acadêmica e local, até agora não se sabe a proposta da prefeitura para um lugar para remanejar as famílias e outro lugar para creche, mais um traço que boa coisa não é...
Este projeto passou de forma autoritária no Conselho Universitário (Espaço burocrático maior de decisão na UFF), sem qualquer discussão, a moda antiga, a rodo. Há indícios que foi feito um acordo entre a prefeitura da cidade de Niterói e reitoria para que essas vias fossem aprovadas pela UFF, pois como as obras do REUNI foram embargadas a reitoria se viu acuada, sendo que o dinheiro do REUNI só vai para UFF com a condicionalidade da expansão.
Com isso, os prédios que estão sendo construídos atrás da UFF, com o dinheiro de especulação imobiliária (na região sul de Niterói), os grandes poderosos, reclamaram para o MP que as obras dos prédios novos da UFF iriam tapar a vista da Baia de Guanabara dos novos moradores e como o Estado não é neutro, a reivindicação dos ricaços foram atendidas, com o embargo.
Pelo que estamos acompanhando, depois da decisão da prefeitura de construir essas vias: orla e 100, as obras continuaram como podemos dizer, através de um “acordo de cavaleiros”, que o prefeito não esconde em entrevista e prefere não chamar de acordo que fez com a UFF, mas de parceria!
Portanto, na assembléia do dia 29 foi marcada uma vigília onde os estudantes fariam faixas e cartazes e organizasse a intervenção para o CUV na quarta, pela manhã. Depois de apresentar as pautas de reivindicações e tentar diálogo com a reitoria no CUV, que se manteve indiferente e encerrou o CUV duas horas antes quando conselheiros (contrários as reivindicações) se retirou do espaço. Diante disso, os estudantes, servidores e professores foram em ato até a reitoria para ocupar insistindo a presença do reitor para negociar.
Mais de 400 pessoas ocuparam a reitoria e mesmo sem luz e água só saímos daqui quando o reitor Roberto Sales nos atender e assinar a nossa pauta de reivindicações, entre elas, as principais estão:
- Pela paralização imediata das obras da via orla e via 100.
- Pelo fim imediato dos cursos pagos de lato sensu na UFF.
- Mais concursos públicos, bandejão, construção imediata do alojamento (Niterói) e muro no SPA e Alojamento (PURO), para outros campi do interior também.
- Implantação do Plano de Assistência Estudantil.
- 10% do PIB para educação
- Contra o PNE do governo
- Expansão com qualidade.
Ocupação Maria Clemilda e Manuel Gutierrez.
“A Via Orla não vai passar, a UFF é pra lutar”
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Alunos acampam na reitoria da UFF e dizem que não sairão até terem suas reivindicações atendidas
Jornal do BrasilAnnaclara Velasco
Cerca de 300 estudantes invadiram, na manhã desta quarta-feira, a reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Icaraí, Niterói. O grupo tem uma pauta de reivindicações para discutir com o reitor da Universidade, Roberto de Souza Salles. As reivindicações propostas são: a gratuidade integral dos cursos de pós-graduação da Universidade, a ampliação das moradias estudantis e do restaurante popular do campus e a interrupção de um projeto urbanístico em parceria com a Prefeitura, que prevê a construção de duas avenidas, a Via 100 e Via Orla, no entorno do campus do Gragoatá.
Rafael Lazari, estudante de Psicologia, contou que o grupo tem tentado há tempos conversar com o reitor, sem resposta. Nesta quarta-feira, os alunos se reuniram com o vice-reitor, Sidney Luiz de Matos Mello, em uma sessão do Conselho Universitário. Segundo Lazari, ao ver que o grupo era muito grande, Sidney esvaziou o Conselho e se recusou a prosseguir com a negociação.
“Na última quarta-feira, fizemos uma ocupação pacífica do jardim da reitoria, onde ficamos acampados até a madrugada de sexta-feira. O reitor não apareceu, mas mandou a Polícia Federal nos retirar do local. Hoje fizemos mais uma tentativa sem sucesso. Tivemos que partir para a radicalização, nossa última instância”, disse o estudante Rafael Lazari, que está no local.
Em nota, a UFF informou que, “a partir da tarde desta quarta-feira, será instaurada a reitoria itinerante dentro da ambiência da universidade em Niterói”. O texto garante que o vice-reitor tentou travar diálogo com os estudantes, que impediram o andamento da reunião e a continuidade do conselho.
Sobre a gratuidade dos cursos de pós-graduação, Lazari garantiu que já foi feito um plebiscito no ano passado onde 87% dos votos foram favoráveis à gratuidade integral das mensalidades.
“Vamos acampar aqui, pacificamente, até que o vice-reitor atenda as nossas reivindicações”, garantiu o aluno.
Campi do interior
Outra crítica abordada pelos alunos é a falta de estrutura dos campi do interior do Estado, como em Rio das Ostras e em Campos dos Goytacazes. Segundo denúncias dos estudantes, em Rio das Ostras, alunos têm aula dentro de contêineres lotados, sem segurança, além da falta de moradia, bandejão, bolsas e professores. A estudante de Serviço Social, Raylane Walker, explicou que a faculdade não é um prédio, e sim uma escola cedida pela prefeitura “com 12 salas, que não comportam a demanda de alunos”.
“A moradia estudantil não tem muros, a falta de professores é imensa. Quando entra professor, entra um substituto, que dá três, quatro matérias. As salas de aula são superlotadas, não tem bandejão, apenas um restaurante privado que não paga nada para prestar o serviço lá dentro. Só ganha o dinheiro”, argumentou Raylane.
A estudante contou que, no dia 25 de maio, alunos fizeram um ato reivindicando a colocação de um sinal de trânsito em frente à faculdade. A prefeitura instalou o sinal, mas não ligou. Na última terça-feira, uma aluna foi atropelada no local e morreu um dia depois. Na quinta-feira, a prefeitura fez a ligação do sinal.
O professor do Departamento de Serviço Social e diretor do Instituto de Humanidade e Saúde, Ramiro Dulcich, também fez críticas à política de interiorização da Universidade. Segundo ele, há muitas questões para se resolver quando se propõe a instalação de pólos universitários no interior do Estado.
“As pessoas muitas vezes não conhecem a realidade local. Deveria haver um espaço da reitoria dedicado à mediação, para ter um diálogo mais efetivo entre os pólos e a sede. A comunicação está muito centralizada na sede. Se a gente quer um saco de cimento, por exemplo, a gente tem que pedir pra sede, que analisa o pedido e manda o saco de tijolo. Demora muito mais e fica muito mais caro”, observou.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Moção de Apoio à Greve Geral da UFPR
Nós, do Coletivo Construção, manifestamos total apoio aos estudantes da UFPR que se posicionaram bravamente a favor dos servidores técnicos e professores de sua Universidade, unindo-se a eles no movimento de greve.
Vemos em todos os lugares propagandas de um país que supostamente cresce bastante, mas não é o que se vê na educação, que teve um corte de 3 bilhões logo no inicio do ano pelo governo Dilma. Afinal, se o crescimento não gera melhorias nos direitos do povo, então, para que serve? Para quem serve?
Somos solidários a essa luta urgente, digna e mais que necessária por uma educação pública, gratuita e de qualidade, além da luta por moradia estudantil, equalização das bolsas de estudo, a ampliação do atendimento do Restaurante Universitário, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação já!, a não privatização do Hospital de Clínicas da UFPR, aumento do piso salarial dos técnicos administrativos, entre outros.
É necessário reafirmar a importância de políticas de assistência estudantil dentro das universidades. Essa é acima de tudo uma disputa do caráter de classe de uma instituição de ensino superior, reivindicá-la é lutar para que o espaço universitário não seja exclusivo a formação das classes dominantes, mas ajudem a possibilitar o acesso da classe trabalhadora à formação superior e à produção de conhecimento em nossa sociedade.
Não podemos aceitar que a educação publica seja sucateada, é necessário que estudantes, professores e funcionários respondam a estes ataques, e a greve UFPR mostra o caminho que devemos seguir: o da resistência e da luta!
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COLETIVO CONSTRUÇÃO
Vemos em todos os lugares propagandas de um país que supostamente cresce bastante, mas não é o que se vê na educação, que teve um corte de 3 bilhões logo no inicio do ano pelo governo Dilma. Afinal, se o crescimento não gera melhorias nos direitos do povo, então, para que serve? Para quem serve?
Somos solidários a essa luta urgente, digna e mais que necessária por uma educação pública, gratuita e de qualidade, além da luta por moradia estudantil, equalização das bolsas de estudo, a ampliação do atendimento do Restaurante Universitário, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação já!, a não privatização do Hospital de Clínicas da UFPR, aumento do piso salarial dos técnicos administrativos, entre outros.
É necessário reafirmar a importância de políticas de assistência estudantil dentro das universidades. Essa é acima de tudo uma disputa do caráter de classe de uma instituição de ensino superior, reivindicá-la é lutar para que o espaço universitário não seja exclusivo a formação das classes dominantes, mas ajudem a possibilitar o acesso da classe trabalhadora à formação superior e à produção de conhecimento em nossa sociedade.
Não podemos aceitar que a educação publica seja sucateada, é necessário que estudantes, professores e funcionários respondam a estes ataques, e a greve UFPR mostra o caminho que devemos seguir: o da resistência e da luta!
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