sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

16 de dezembro: NÃO VAMOS!


Esclarecimento sobre as manifestações de 16 de dezembro

Manifestações estão sendo convocadas para o dia 16 de dezembro em torno do eixo: Contra o Impeachment e o Ajuste Fiscal! Fora Cunha! Entre os organizadores da manifestação encontra-se a Frente Brasil Popular (que reúne entidades como a CUT, CTB, UNE, MST e partidos como o PT e PCdoB) e uma parte dos movimentos que constroem a Frente Povo Sem Medo, em particular, o MTST e a Intersindical.

Reconhecemos no MTST e na Intersindical, movimentos sociais coerentes que seguem sem vacilar na luta contra a política econômica anti-popular do Governo Dilma. Porém, ao contrário do que foi divulgado nas páginas da CUT e da UNE na internet, nem todos os movimentos da Frente Povo Sem Medo concordaram em participar da organização dessas manifestações de 16 de dezembro. Esse é o caso dos signatários dessa Nota.

Diante disso, como a Frente Povo Sem Medo funciona pelo método da construção do consenso progressivo, a Frente em si não participa das manifestações ainda que parte de suas entidades e movimentos participem e ajudem a organizá-los. Esse foi o entendimento resultante da reunião realizada pela Secretaria Operativa Nacional da Frente Povo Sem Medo no dia 7 de dezembro em São Paulo.

Respeitamos a decisão dos setores da Frente Povo Sem Medo que pensam diferente ao mesmo tempo em que deixamos claro nosso posicionamento de não participar. Esse esclarecimento é necessário diante da confusão gerada por setores da mídia e do próprio movimento na divulgação dos Atos de 16 de dezembro.

Nosso posicionamento é claramente contrário ao processo de impeachment aberto no Congresso Nacional. Não reconhecemos qualquer legitimidade em Eduardo Cunha ou no Congresso para isso e sabemos que sua postura reflete apenas os interesses do grande capital em aprofundar o ajuste contra os trabalhadores e o povo. Não tergiversamos sobre isso, ao contrário de alguns posicionamentos políticos que apontam saídas sem base na realidade.

Mas, esse posicionamento não implica necessariamente na construção de Atos conjuntos com a Frente Brasil Popular que, a despeito de suas intenções declaradas, atua na perspectiva de apoio ao governo Dilma, um governo que ataca os trabalhadores com sua política de ajuste e retirada de direitos.

A Frente Povo Sem Medo, mesmo com toda sua pluralidade interna, representa em nosso entender outra perspectiva de luta. Seguiremos construindo a Frente Povo Sem Medo na luta contra o ajuste do governo Dilma e demais governos, contra a direita, pelo Fora Cunha e por uma saída à esquerda para a crise baseada nas lutas dos trabalhadores.

Assinam:

Bloco de Resistência Socialista – Sindical e Popular
Coletivo Construção
Juntos
Rede Emancipa
RUA - Juventude Anticapitalista
Paulo Pasin, metroviário - SP


domingo, 29 de novembro de 2015

Ocupações de escolas em SP: UMES, UPES, UBES fazendo o jogo do governo

Nós, estudantes e apoiadores da ocupação E.E. Caetano de Campos – Consolação, saímos da ocupação devido a diversas situações de ameaças e constrangimentos repetidas desde o início, por parte de estudantes e apoiadores ligados a UMES, UPES, UBES, UJS e PCdoB.
Desde o momento em que o movimento secundarista ainda estava nas ruas, articulando as ocupações, já estávamos nos mobilizando e organizando junto ao conjunto de estudantes da Caetano de Campos.
No início da ocupação, membros dos coletivos e entidades citadas chegaram querendo impor suas vontades de maneira truculenta, inclusive pulando os muros da escola, gritando e coagindo as pessoas que estavam lá desde o começo. Durante os dias que se seguiram, essas mesmas pessoas demonstraram indiferença para com as deliberações das assembleias e decisões dos demais participantes. Por exemplo, abrindo a dispensa da escola, ação que sabíamos poder prejudicar as trabalhadoras terceirizadas de lá e inclusive afirmando em assembleia que se recusavam a acatar as decisões da maioria. Colaboravam de forma irrisória com as tarefas básicas do cotidiano, sobrecarregando e estressando as pessoas que de fato construíam a ocupação. Quando estavam com a tarefa de segurança, impediam a entrada de militantes e pessoas ligadas ao Coletivo Construção e de alguns outros grupos que queriam apoiar, agindo de maneira arbitrária e intimidatória. Tudo isso sob um constante clima de ameaças e intimidações, com acusações contra estudantes e apoiadores que faziam tarefas cotidianas e garantiam a ocupação.
A situação que culminou com nossa saída da ocupação foi a repetição de ameaças ocorridas nas últimas vinte e quatro horas. Houve ameaças de violência física e até insinuações de intervenção por parte do crime organizado. Em todo esse processo também ocorreram ameaças e intimidações machistas, tal como pais de alunos ligados aos grupos mencionados gritando com mulheres mais jovens e usando frases como “seu lugar é na cozinha!”.
Entendemos que comportamentos agressivos como esses desagregam o movimento, enfraquecem a luta e só favorecem o governo de Alckmin e colaboram com a política de fechamento das escolas. Não achamos que esse tipo de atitude tenha espaço na nossa luta.
Mesmo saindo dessa ocupação não vamos parar a luta. Todes nós vamos colaborar e participar de outras ocupações que estejam de fato construindo uma mobilização real contra o governo. Também não abandonaremos a Caetano e vamos continuar nos organizando junto com estudantes na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.
Assinam essa carta:



Tamires Vasconcelos – Estudante Caetano/ Coletivo Construção
Gustavo de Oliveira – Estudante Caetano
João M. C. Pinto – Estudante Caetano
Herkolles Araújo – Estudante Caetano
Vitor Morais – Estudante Caetano/ Coletivo Construção
Julia Bello – Estudante Caetano
Fabrício Ramos dos Santos – Estudante Caetano
Aryel David – Estudante Caetano
Agata Morais – Estudante Caetano/ Coletivo Construção
Rafael Mario – Estudante Caetano
Nicolle Moura Alved – Estudante Caetano
Nicole Hana – Estudante Caetano/ Coletivo Contrução
Cleide Vasconcelos – Mãe de aluna
Junior Javarrote – Ex-aluno Caetano/ Coletivo Construção
Richard Melo – Coletivo Construção
Leticia Sanson – Coletivo Construção
Kleber Ribeiro – Coletivo Construção
Nayara Gonçalves – Coletivo Construção
Jo Camilo – Coletivo Construção
Maria Clara Ferreira – Coletivo Construção
Luiz Gonzaga – Coletivo Construção
Joeferson Almeida – Coletivo Educadores em Luta
Cristina Fernandes – apoiadora da ocupação



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

BOICOTAR O SARESP! NOSSO FUTURO NÃO CABE NUMA PROVA!

Unir as ocupações de escola em São Paulo e fazer um Fórum Estadual contra a reorganização do ensino!


Nós estudantes estamos dando o recado pra luta por nossos direitos: fizemos várias manifestações, e agora já são mais de 100 escolas ocupadas em São Paulo!
Nem mesmo a mídia, que sempre esteve do lado do governo, da polícia e do patrão, conseguiu esconder que nossa luta é justa e já passamos em vários programas de TV e nos jornais!
 Mesmo assim, o Governo Alckmin ousa dizer que vai continuar com a “reorganização” do ensino!
Nossa resposta deve ser à altura:VAMOS CONTINUAR OCUPANDO AS ESCOLAS, AS RUAS E FAZER UM FÓRUM ESTADUAL CONTRA A REORGANIZAÇÃO DO ENSINO!
Mas, agora, nossa luta deve dar mais um passo: BOICOTAR O SARESP E DIZER QUE NOSSO FUTURO NÃO CABE NUMA PROVA!

POR QUE BOICOTAR O SARESP?


  1. AS CONDIÇÕES DA ESCOLA DEVEM SER AVALIADAS E NÃO O ALUNO! O Saresp joga sobre o aluno a culpa pela qualidade do ensino, mas não avalia se temos materiais bons, sala de dança, sala de artes, teatro, piscina pra que nossos dias na escola sejam mais diversos.
  2.  NÃO QUEREMOS RANKING DE “MELHORES ESCOLAS”! Dependendo da nota que os alunos de uma escola tiverem, a escola recebe prestígio e cria competição entre professores e alunos.
  3. SOMOS CONTRA O BÔNUS DO SARESP! E quando a escola tem uma nota alta, os professores recebem um bônus por um mês e depois continuam com salário baixo, uma verdadeira enganação! Professor não é celular pra viver de bônus, precisa de salário digno!


NO DIA DO SARESP, VÁ PARA A ESCOLA, BOICOTE A PROVA E OCUPE SUA ESCOLA!
VOCÊ NÃO É OBRIGADO A FAZER O SARESP!

PRÓXIMO PASSO DA LUTA:
FAZER UM FÓRUM ESTADUAL CONTRA A REORGANIZAÇÃO DO ENSINO!

Nós, estudantes, estamos dando o maior exemplo de luta! Ocupamos as escolas e conquistamos o apoio de pais, professores e muitos movimentos sociais.

Mas nossa luta deve avançar: precisamos unificar com as escolas ocupadas, fortalecer o movimento ocupando mais escolas e organizar um Fórum Estadual contra a reorganização do ensino. Um Fórum amplo, que chame todos os movimentos e organize um dia de manifestações e paralisação em São Paulo!
Se a luta dos estudantes já deu medo no Alckmin, imagina quando juntar todo mundo nas ruas?
Se você concorda com essas ideias e quer ocupar as escolas e se juntar com o povo trabalhador pra fazer um Fórum contra a reorganização do ensino, entre em contato com o Coletivo Construção!
Somos a juventude que sonha e que luta por outro futuro, por isso queremos derrotar a reorganização do ensino!


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Abaixo a cultura do estupro! Fora Cunha! Não ao PL 5069/13!


Por Cristina Fernandes (Construção-SP)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tem se mostrado um grande inimigo das mulheres: apresentou recentemente o Projeto de Lei 5069/2013, que significa um retrocesso das nossas conquistas. O PL, além de criminalizar ainda mais o aborto, dificulta o atendimento médico em caso de estupro, exigindo boletim de ocorrência e exame de corpo de delito que comprove o abuso, o que ainda abre espaço para proibição da pílula do dia seguinte. Ainda com outros agravantes, coloca o profissional da saúde como criminoso, caso dê informação e assistência para a vítima que seja considerada “abortiva”.
“Aborto só por cima do meu cadáver”, foi o que afirmou Cunha no inicio de seu mandato. O que ele ignora é que muita mulher morre todo ano no Brasil em decorrência de aborto clandestino. Essa é uma das principais causas de morte materna. E quem sofre e morre são mulheres pretas e pobres que não podem pagar para realizar o procedimento em clínicas particulares.

PL pune as mulheres, não os estupradores

Esse PL garante a punição das mulheres e não dos estupradores. A exigência de boletim de ocorrência para atendimento é uma prova disso. Sabemos que hoje o nosso sistema jurídico não é acolhedor para as mulheres em situação de violência e muitas sentem medo de procurar a delegacia. EXIGIR que se passe por esse procedimento é nos deixar ainda mais vulneráveis. Um exemplo é o caso absurdo que foi noticiado em outubro desse ano pela mídia: “Justiça determina que estuprador registre a criança gerada em decorrência do estupro”. Em vez de disponibilizar atendimento psicológico e médico necessário para a vítima de abuso, a justiça determinou que seu pai – e seu estuprador – registrasse a criança gerada por sua filha de 12 anos!
Os dados de violência são assustadores: a cada quatro minutos uma mulher é estuprada. Estamos em sétimo lugar no ranking de países que mais cometem feminicídio. Presenciamos uma cultura do estupro que naturaliza a imagem da mulher a serviço do prazer masculino, seja nas “piadas” machistas de Rafinha Bastos ou em comentários de pedófilos nas redes sociais que permanecem impunes.
Essa lei é mais uma edição do estatuto do nascituro, que previa o nome do estuprador na certidão de nascimento. Vem junto com uma série de medidas que não se preocupam em defender a vida das mulheres, e sim atacá-las.

Não é só Cunha

Eduardo Cunha é o nosso inimigo, mas não é o único: ele representa um congresso conservador, que ataca os direitos das mulheres, negros, LGBTTs e indígenas. Essas figuras estão presentes em quase todos os partidos. Rifam direitos em troca de apoio eleitoral. O exemplo é a presidente Dilma que, durante as eleições, para não perder votos dos evangélicos, voltou atrás e disse que era contra a legalização do aborto.
Estamos falando de um setor que é incapaz de votar um maior orçamento para ser destinado à Lei Maria da Penha, incapaz de tomar medidas que combatam de fato a violência contra a mulher. É importante pensar que Cunha faz parte da base do governo federal, ao mesmo tempo em que, para conseguir um possível impeachment, se alia ao PSDB.

Primavera feminista

As mulheres em todo o país estão mostrando que podem passar por cima do “cadáver” de Cunha e de tudo o que ele representa. Houve manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro e muitas outras cidades exigindo o Fora Cunha. Estamos construindo um calendário unitário que, além de barrar esse Projeto de Lei, apresenta pautas concretas para a luta feminista.
Um exemplo é o projeto de lei proposto por Jean Wyllys (PSOL), que estabelece políticas no âmbito da saúde sexual e dos direitos reprodutivos. Essa lei foi escrita em conjunto com as mulheres do PSOL e é um passo muito importante para apresentar avanço na pauta das mulheres.
Não podemos sair da rua: além de derrubar Eduardo Cunha temos que partir para uma ofensiva e conquistar direitos que há muito tempo nos são negados. Se informe dos atos, venha construir um movimento feminista consequente!

sábado, 7 de novembro de 2015

2ª Marcha da Periferia Por Mais Direitos no Paraná!

O Coletivo Construção e o Grupo Araucária Rap organizaram a 2ª Marcha da Periferia - Por mais direitos! A Marcha vai acontecer no dia 07 de novembro de 2015 na cidade de Araucária e vai percorrer as ruas da periferia do Paraná para fortalecer a juventude e o povo trabalhador que mora nas quebradas a se organizarem na luta contra os cortes dos governos nas áreas sociais e por mais investimento em nossos direitos como educação, saúde, moradia, transporte e cultura!
A periferia nunca dormiu e está mais do que nunca acordada para lutar por mais direitos!
Confira o Manifesto da 2ª Marcha da Periferia!



MANIFESTO 2ª MARCHA DA PERIFERIA - POR MAIS DIREITOS!

Sairemos as Ruas de Araucária para denunciar as injustiças sociais das quais somos vítimas diariamente e reivindicar direitos históricos que ainda nos são negados, somos a Juventude Negra, Pobre e Periférica, a mais perseguida e sem diretos do país. Nossa Marcha tem como objetivo central, mostrar que podemos ser protagonistas de nossas Lutas, não iremos mais aceitar que decidam em nosso nome, não entraremos mais para as estatísticas do Estado Capitalista brasileiro e da Burguesia, sem resistir de maneira organizada.

Sabemos a quem e a que serve as forças de repressão armadas do Estado, por isso defendemos a desmilitarização da PM e um outro modelo de segurança pública, controlada pela classe trabalhadora e a juventude da periferia.

Denunciaremos a falta de condições básicas para nos desenvolvermos enquanto seres humanos, como a falta e as condições precárias em que se encontram os serviços públicos como: a saúde, educação, moradia e empregos, iremos exigir que essa situação se modifique e que possamos ter acesso amplo aos serviços essenciais para uma vida digna.

O Brasil enfrenta uma crise econômica e política, onde os governos a nível Federal, Estadual e Municipal tem como tarefa, jogar todo o peso e custo da crise do Capitalismo em nossas costas, isso devido a quem esses governos representam e servem, a Burguesia. Os efeitos são cada vez mais visíveis, afinal, o desemprego a cada dia que passa aumenta, o preços dos alimentos sobem, a energia e o gás cada vez mais caros, enquanto o governo corta verbas de áreas essências como saúde e educação, para garantir os grandes Lucros de Bancos e Empresas Multinacionais, o que tem reflexo direto na Juventude da periferia.

Afirmamos também que não temos ilusões nos Governos Dilma (PT), Beto Richa (PSDB) e no PMDB, todos servem a Burguesia e não a Classe Trabalhadora e a Juventude da Periferia, são eles que querem a Redução da Maioridade Penal, jogando a culpa da violência urbana nas vítimas, criam a sensação de insegurança e as condições para que nossos jovens caiam nas suas armadilhas, e ainda pretendem nos culpabilizar pelo crime deles, não aceitaremos calados mais essa injustiça, que pretende encarcerar ainda mais cedo a nossa Juventude, derrubaremos nas Ruas de Araucária e do País, qualquer tentativa de mais criminalização das Periferias, por isso convocamos Todas e Todos os Jovens Periféricos de Araucária, Curitiba e região, a se somar a nossa Marcha, porque esse é o primeiro passo para construção de uma Alternativa real que nos empodere e nos liberte da opressão, e nos é muito significativo que essa Marcha aconteça no mês dedicado ao Povo Negro e sua resistência, pois somos herdeiros das suas Lutas e  resistências, hoje não mais em senzalas, mas nas periferias de todo o Brasil.



  • Não a Redução da Maioridade, Sim a mais vagas nas Creches, Escolas e que nos abram as portas das Universidades Públicas
  • Por Mais Direitos(Empregos, salários dignos e espaços de convivência e Lazer na Periferia)
  • Contra os cortes nas verbas públicas dos Governos do PT, PSDB e PMDB
  • Fora Eduardo Cunha  
  • Contra o Racismo, Machismo e a LGBTfobia
  • Por um Outro Futuro, Contra o Capitalismo


Assinam o Manifesto: Rap Araucária e Coletivo Construção - Paraná

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Somos o Povo sem Medo! Nosso futuro não cabe no ajuste fiscal!


A juventude que tomou as ruas nas Jornadas de Junho é a mesma que nesse ano construiu uma poderosa greve nas universidades federais, que participou ativamente das greves gerais no Paraná e no Rio Grande do Sul que fez manifestações gigantes contra o pacote de maldades do ajuste fiscal. Fizemos os rolezinhos, ocupamos os espaços da elite, apoiamos todas as greves, ocupações, demonstramos solidariedade internacional com imigrantes e mostramos que queremos virar do avesso o sistema capitalista apodrecido, que cria fronteiras vigiadas, que coloca o lucro sobre nossas vidas, que destrói a natureza e nos deixa sem perspectiva.

Estamos cansados de sermos aqueles que mais sofrem com o desemprego e com a rotatividade no mercado de trabalho. Não aguentamos mais a péssima situação das universidades e das escolas por causa dos cortes que tanto o governo Dilma, quanto os governos tucanos estão fazendo na educação. Não queremos a falta de água, a humilhação da violência policial e as grades da redução da maioridade penal.

É por isso que o Coletivo Construção participa da Povo sem medo - Frente Nacional de Mobilização. Estamos juntos com vários movimentos sociais, entidades e coletivos de juventude e estamos dispostos a enfrentar a crise econômica, o ajuste e construir uma alternativa do povo pobre, dos trabalhadores e da juventude!

Estaremos presentes no Lançamento da Frente Povo Sem Medo, dia 08 de Outubro, em São Paulo!


Carta Convocatória de Lançamento da Frente Povo Sem Medo

 “Faça da sua vida a aventura de não apenas sonhar em um mundo melhor mas viver uma vida lutando por ele”.
(Pepe Mujica)
O mundo vive sob o signo de uma profunda crise do capitalismo, que perdura desde 2008. Medidas de austeridade econômica dominam a agenda política, multiplicando desemprego, miséria e redução dos direitos trabalhistas. Por outro lado, os banqueiros comemoram cada aniversário da crise, aumentando seus já exorbitantes lucros.
No Brasil, as medidas econômicas não deveriam seguir o mesmo script. O “ajuste fiscal” do governo federal diminui investimentos sociais e ataca direitos dos trabalhadores. Os cortes na educação pública, o arrocho no salário dos servidores, a suspensão dos concursos são parte dessa política. Ao mesmo tempo, medidas presentes na Agenda Brasil como, aumento da idade de aposentadoria e ataques aos de direitos e à regulação ambiental também representam enormes retrocessos. Enquanto isso, o 1% dos ricos não foram chamados à responsabilidade. Suas riquezas e seus patrimônios seguem sem nenhuma taxação progressiva. O povo está pagando a conta da crise.
Ao mesmo tempo, os setores mais conservadores atacam impondo uma pauta antipopular, antidemocrática e intolerante, especialmente no Congresso Nacional. Medidas como a contrarreforma política, redução da maioridade penal, a ampliação das terceirizações, as tentativas de privatização da Petrobrás e a lei antiterrorismo expressam este processo.
No momento político e econômico que o país tem vivido se torna urgente a necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, avenidas e praças contra esta ofensiva conservadora, o ajuste fiscal antipopular e defendendo uma saída que não onere os mais pobres.
A conjuntura desenha momentos desafiadores para o movimento social brasileiro. Precisamos apostar na unidade nas ruas e nas lutas. Esta é a motivação maior de criar uma frente nacional de mobilização, protagonizada pelos movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo.
Será preciso avançar na agenda que os setores populares imprimiram em várias mobilizações ao longo de 2015, como o 15/4, o 25/6 e o 20/8 e também nas greves e mobilizações de diversas categorias organizadas dos trabalhadores:
  • Contra a ofensiva conservadora e as saídas à direita para a crise. Não aceitaremos a pauta que este Congresso impõe ao Brasil. Defenderemos a radicalização da nossa democracia, a tolerância e as liberdades contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.
  • Contra as políticas de austeridade aplicadas pelo governo, em nome de ajustar as contas públicas. Não aceitamos pagar a conta da crise. Defenderemos que a crise seja combatida com taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos, auditoria da dívida e suspensão dos compromissos com os banqueiros.
  • A saída será nas ruas, com o povo, por Reformas Populares. Defenderemos a democratização do sistema político, do judiciário e das comunicações e reformas estruturais, como a tributária, a urbana e a agrária.

Esta frente nasce em um momento de grandes embates e com a responsabilidade de fazer avançar soluções populares para nossa encruzilhada. Sabemos que para isso será preciso independência política, firmeza de princípios e foco em amplas mobilizações.
Convocamos todos e todas a se somarem no lançamento da Frente "Povo Sem Medo" que será realizada no dia 08 de Outubro na cidade de São Paulo, às 18 horas.

AQUI ESTÁ O POVO SEM MEDO!
Convocam para o lançamento da Frente Povo Sem Medo

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
União Nacional dos Estudantes (UNE)
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes)
Associação Nacional dos Pós Graduandos (ANPG)
Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técino (Fenet)
Uneafro
Círculo Palmarino
Unegro
Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)
União da Juventude Socialista (UJS)
Rua - Juventude Anticapitalista
Coletivo Juntos
União da Juventude Rebelião (UJR)
Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)
Coletivo Construção
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)
Mídia Ninja 
Coletivo Cordel
União Brasileira de Mulheres (UBM)
Bloco de Resistência Socialista
Rede Emancipa de Educação Popular

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Não feche minha escola! Alckmin não vai acabar com nosso futuro!



O governador Geraldo Alckmin está fazendo uma “reorganização” das escolas estaduais de São Paulo que provocou uma verdadeira bagunça na educação.
O nosso sonho de concluir os estudos está virando um verdadeiro pesadelo.
Essa bagunça pretende separar em prédios diferentes os alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e o Ensino médio.
Além disso, o ensino noturno será fechado!


POR QUE SOMOS CONTRA A REORGANIZAÇÃO DO ENSINO?

1.      NÃO VAMOS ACEITAR O FECHAMENTO DE ESCOLAS PÚBLICAS! O governo quer reduzir gastos com a educação, que vai causar o fechamento de 1500 escolas.

2.      NÃO QUEREMOS DEMISSÕES DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS! 40 mil professores e funcionários da biblioteca, secretaria, limpeza, serão demitidos.

3.      QUEREMOS ESTUDAR PERTO DE NOSSAS CASAS! Um milhão e meio de alunos serão transferidos de escolas e seremos forçados a frequentar escolas que ficam longe de nossas casas, a andar em bairros desconhecidos e avenidas e rodovias movimentadas e nossos pais gastarão mais dinheiro com transporte.

4.      NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO! Alckmin quer parar de investir para sucatear a educação pública para que os empresários do ensino privado tenham mais espaço. Não queremos pagar escola particular, queremos mais verbas para ensino público.

5.      QUEREMOS QUE NOSSA VOZ SEJA OUVIDA! Essa bagunça foi decidida sem ouvir a opinião daqueles que mais sofrerão se a “reorganização” for feita: os pais, alunos, professores e funcionários. Queremos ser levados a sério!

VAMOS OCUPAR A EDUCAÇÃO E AS RUAS! ALCKMIN, NÃO ACABE COM NOSSO FUTURO!
            O governo de São Paulo está fazendo o mesmo “ajuste” fiscal nas contas públicas que o governo Dilma faz no Brasil inteiro. Já foram bilhões cortados das verbas da educação, mas os bancos e os empresários estão tendo lucros recordes.
Enquanto isso, nós jovens sofremos com o desemprego, com a redução da maioridade penal, com a falta de perspectiva e o governo quer destruir a educação para que não tenhamos formação crítica.
Mas nós queremos direito ao nosso futuro! E vamos virar esse jogo do avesso!
Vamos fazer assembleias nas escolas para decidir os rumos de nossa mobilização, vamos fazer manifestações nas ruas!
O Coletivo Construção quer fazer uma Jornada de Lutas dos Estudantes na Educação de São Paulo! Vamos ocupar as escolas, as diretorias de ensino e a secretaria de educação e barrar a reorganização do ensino!

A juventude vai construir essa luta! 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Manifesto de Brasília - Todos/as à Jornada de Lutas de 11 de Agosto: Não à redução! Não aos cortes de Dilma na educação!

 No dia 07 de Julho, em Brasília, durante a Caravana Nacional em Defesa da Educação,  o Coletivo Construção participou da Plenária Unitária do Movimento Estudantil, que contou com a participação diversos movimentos e entidades da juventude e os Comandos de Greve Estudantis das universidades federais que estão em greve.
Confira abaixo o Manifesto encaminhado pela Plenária, que convoca o 11 de Agosto, dia nacional de luta do Estudante.

Felipe Mesquita, estudante da UFF e da Coordenação nacional do Construção na Plenária Unitária do Movimento Estudantil


Manifesto de Brasília
Todos/as à Jornada de Lutas de 11 de Agosto: 
Não à redução! Não aos cortes de Dilma na educação!

Lutas e resistências eclodem de norte a sul no Brasil e em todo o mundo. A crise econômica tem corroído as condições de vida dos trabalhadores/as e da juventude. As medidas de austeridade, cortes, desempregos, sucateamento dos serviços públicos e os ataques aos direitos são os mandos do imperialismo em todo o planeta.

No Brasil, o Governo Dilma também escolheu um lado diante da crise, e não foi o dos trabalhadores. O ajuste fiscal aplicado tem o anúncio de um corte de mais de R$ 46 bilhões, sob slogan “Ajustar para avançar”. Ataques a previdência social, precarização e sucateamento do funcionalismo público, aumento do desemprego (entre janeiro e abril de 2015 1,3 bilhões de brasileiros/as perderam os empregos), altos índices de inflação e aumentos consecutivos de juros, as MPs 664 e 665, PL 4330, o “Programa de Proteção aos Empresários” que reduz salários e por aí vai. Enquanto isso, os bancos continuam tendo recordes de lucros, lucracam esse ano 22% a mais que no ano passado, e o governo brasileiro continua destinando quase 50% do Orçamento Geral da União para o pagamento da injusta dívida pública.

Na educação, o corte foi de R$ 9,4 bilhões - mesmo montante investido na implementação do REUNI em 2007/2012. Essa medida aprofunda, ainda mais, o processo de precarização das universidades e IFs, vividos nos últimos anos por meio da expansão precarizada. Nas universidades privadas, os tubarões do ensino privado estão fazendo demissões em massa de professores, transformando aulas presenciais em aulas online e aumentando as mensalidades. Nas públicas, ameaças de cortes de bolsas de ensino e pesquisa, como PIBID e PIBIC; cortes e atrasos nas bolsas da Assistência Estudantil; falta de salas de aulas e abandono das obras de infra-estrutura, o que prejudica o conjunto dos estudantes, em especial os cotistas e usuários da Assistência Estudantil; atrasos nos pagamentos dos trabalhadores terceirizados; redução do quadro de professores e técnico-administrativos,além de sua desvalorização sem reposição salarial frente a inflação, condições de trabalho e plano de carreira.

Por estes motivos, diversas universidades encontram-se em greve, são mais de 60 IFEs na base da FASUBRA e mais de 30 na base do ANDES. Os estudantes também se organizam e a greve estudantil foi instaurada na UFRJ, UFF, UNIRIO, UFMS, UFGD, UFMT, UFG, UFPB, UFBA, além das estaduais baianas. A luta estudantil da UFRJ é exemplo que deve se espalhar por todo o país, com a ocupação da reitoria os estudantes conquistaram vitórias importantes. Dias depois deflagraram a greve em assembleia com mais de mil estudantes, ajudando a pressionar os docentes a deflagrar greve também na maior federal do país, que tem orçamento para pleno funcionamento apenas até meados de setembro. Fazemos um chamado a unidade das greves da educação que estão em curso e a deflagração da greve nas Instituições que ainda não aderiram, pois só assim temos força para derrotar o ajuste. A universidade vai parar com a greve ou por falta de orçamento.

No dia 30 de junho a unidade das juventudes foi bastante vitoriosa para barrar a redução da maioridade penal. Apesar disso no dia seguinte, em uma manobra, Cunha aplicou um golpe e aprovou a PEC 171 de maneira inconstitucional, mesmo assim a nossa mobilização não foi em vão. Demonstramos a força da juventude que ecoa por todo o país: Não à redução!Não aceitaremos a redução e multiplicaremos as lutas em Brasília e em todo o país até que essa medida seja derrotada. Também não seremos coniventes com a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma verdadeira redução indireta, que visa ampliar o tempo máximo de internação dos jovens infratores de 3 para 10 anos, nos casos de crimes hediondos, um acordão entre PSDB e PT aprovado no Senado no dia 15 de julho. Esperamos que a unidade do dia 30 siga também contra a alteração no ECA, proposta pelo PSDB e apoiada pelo PT.

A juventude quer viver e quer estudar! Por isso, no dia 7 de julho, mais de 3 mil pessoas ocuparam as ruas de Brasília na Caravana da Educação Federal contra os cortes da Pátria Educadora, em uma unidade dos professores e os trabalhadores/as das IFs com os estudantes. No mesmo dia, o movimento estudantil  de oposição de esquerda ao governo realizou uma vitoriosa plenáriaunitária  que contou com a presença de cerca de 250 estudantes de todo o país e aprovou um chamado aos/às estudantes de todo o país a construção de uma jornada de lutas no dia 11 de agosto, no Dia do/a Estudante, contra os cortes na educação e a redução da maioridade penal.

Esses dois temas estão intensamente ligamos, pois um país que não deseja para sua juventude as cadeias precisa ter mais investimentos em educação, e não tirar de onde já não tem. A nossa necessidade são mais escolas e universidades, mais cultura e lazer, mais respeito e dignidade. Só assim nossa juventude terá uma alternativa para viver e voar atrás dos seus sonhos. Por isso vamos ocupar as ruas, as praças, as universidades, as escolas e as redes no dia 11 de agosto, Dia do Estudante, para mostrar que o movimento estudantil está ainda mais vivo e protagonizando as lutas ao redor do mundo e também no Brasil. Por isso, vamos multiplicar as greves estudantis e fortalecer a greve nacional da educação e, junto com os trabalhadores, construir uma grande greve geral no país. Contra os retrocessos, por mais direitos, os/as trabalhadores/as e a juventude não vão pagar pela crise!
Construção no Ato em defesa da Educação, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília-DF

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Contra os cortes na educação! Redução não é a solução!


No próximo dia 30 de junho, vai ser votada no Plenário da Câmara a PEC171, que propõe a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. A proposta de emenda é explicitamente um ataque a juventude negra e periférica e um avanço no encarceramento em massa do povo negro. Tal ação é um reflexo da ofensiva das forças conservadoras, representando um grande retrocesso nos direitos sociais conseguidos historicamente através das lutas travadas pela classe trabalhadora.
A proposta de “endurecimento” da lei é apenas uma tática para sensibilizar a opinião pública sobre uma suposta “impunidade”, gerando uma sensação ilusória de uma possível segurança que poderá ser adquirida com a medida. Na realidade, o Brasil é um dos países que mais pune. Somos a terceira maior população carcerária do mundo! Hoje o país possui mais de 700 mil detentos.
Segundo a Unicef, menos de 1% dos homicídios praticados no Brasil, são praticados por adolescentes entre 16 e 17 anos. Logo, a redução da maioridade penal é injustificável! Não é aumentando ainda mais a população carcerária que se conseguirá diminuir a violência.
Cabe pontuar que o índice de reincidência no sistema prisional brasileiro é de 70%. Logo, a política de encarceramento não promove a “ressocialização”. Se prender pessoas fosse sinônimo de diminuição da criminalidade, seriamos um dos países mais seguros do mundo, mas a realidade nos mostra o contrário. A política de segurança pública não se efetiva através de prisões, mas por meio de uma política de redistribuição de renda e de garantia de direitos por parte do Estado Brasileiro. A redução não é solução!

A juventude se constitui como a maior vítima da violência, não a principal autora. Segundo o mapa da violência de 2014, as taxas de assassinatos de jovens negros entre 12 e 21 anos foram de 86,6 em cada 100 mil. Tais números são equiparáveis a índices de mortalidade de guerra civil. E jovens negros e negras têm 2,5 mais chances de morrer do que jovens brancos e brancas no país, dados apresentados pelo próprio governo federal.
O genocídio da juventude negra nada mais é do que o reflexo da política historicamente construída de criminalização da pobreza, na qual o jovem negro, pobre e da periferia é classificado como um potencial criminoso, simplesmente pela sua condição social. Para solucionar os problemas gerados pela desigualdade social, fruto do próprio capitalismo, a classe dominante se utiliza de estratégias como a “guerra às drogas” para manter o seu controle social, encarcerando a juventude negra da classe trabalhadora, que em 2014 corresponde a 61,7% da população prisional brasileira.
Ao mesmo tempo, promove o extermínio através das perseguições e assassinatos realizados pela polícia militar nas periferias e favelas em todo o país. Dados levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública dizem que a cada dia 5 pessoas são assassinadas pela polícia brasileira. Obviamente esses dados não dão conta da realidade, pois muitas mortes edesaparecimentos não são registrados e relacionados a ação da polícia militar. É urgente a necessidade de se pensar outra política de drogas e também uma nova política de segurança!

Apesar da promulgação, em 2013, do Estatuto da Juventude, o governo do PT não rompeu com a lógica de criminalização da pobreza, propiciando diversas intervenções militares em favelas em diversas partes do país. No último período vimos uma série de ajustes implementados por esse governo que também atinge em cheio a juventude. Há cortes de gastos na educação, na saúde e em programas sociais, criminalização dos movimentos, precarização do ensino, inflação, aumento de tarifas, crise hídrica, ataques da bancada fundamentalista às minorias de mulheres, negros e negras e LGBTs.
A realidade é que a juventude negra, pobre e periférica é excluída é posta à margem da sociedade! Sem acesso a transporte, por conta do sucateamento e das altas tarifas, não consegue acessar outros espaços da cidade e também outros serviços, como saúde, educação e cultura. A não garantia do direito de ir e vir impede o acesso a outros direitos, por isso a tarifa zero e transporte de qualidade significa vida e direitos para a juventude marginalizada!
Nos bairros os espaços de cultura e convivência comunitária são escassos ou mesmo sucateados. E quando esses espaços existem, a juventude é impedida a ocupá-los pela repressão policial, pela violência e opressão. São inúmeros casos de agressão e morte de jovens mulheres, negras e negros, e também LGBTs. A juventude enfrenta a violência nas casas, nas ruas e nas cidades!

Diante a tantos ataques é necessário que a juventude se organize e lute! O Coletivo Construção se soma ao dia nacional de luta contra a redução da maioridade penal no dia 30 de junho. Vamos ocupar as ruas, as praças, as escolas, as universidades e até mesmo a Câmara: unificar as lutas da juventude em fóruns, denunciar esse e outros ataques e exigir mais direitos!

Construção contra os cortes na educação, redução não é solução! Sonhar, unir e lutar por uma sociedade onde a juventude viva e tenha direitos!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Tese CONUNE 2015 - Coletivo Construção



Tese que nós do Coletivo Construção defendemos no 54º Congresso da UNE, que ocorreu em Goiânia.

Pautando questões da juventude como opressões, acesso e permanência, mercantilização da educação, aliança com os trabalhadores e GREVE GERAL! na educação, buscamos a criação de Fóruns com a oposição de esquerda e demais setores. Venha conferir!

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Vitória de Leher na UFRJ - Por uma universidade crítica, autônoma e democrática!

Hoje tivemos uma vitória histórica para a educação no Brasil. Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação e Denise Fernandes Lopes Nascimento, da Faculdade de Odontologia ganharam a consulta para reitoria na maior universidade federal do país, a UFRJ. Com uma vitória apertada após uma campanha com acusações e calúnias da chapa adversária, tivemos a vitória de um projeto de universidade que reforça os princípios de uma universidade com ampla participação popular, que não sirva a interesses privados e produtivistas, defendendo o equilíbrio no pilar ensino, pesquisa e extensão e lutando pela garantia de uma universidade pública gratuita e de qualidade, contra os cursos pagos e todo tipo de precarização.
No primeiro turno a consulta contou com três chapas, a chapa 10 da professora Angela Rocha que representaria a continuidade da gestão de Levy, a chapa 30 da professora Denise de Carvalho representando um modelo neoliberal de gestão e a chapa 20 do professor Roberto Leher com um projeto "crítico, autônomo e democrático". Nesse primeiro turno Denise e Leher venceram com uma diferença pequena.
O segundo turno foi marcado por dois projetos completamente antagônicos. Dentre eles a defesa da Ebserh em que a candidata da chapa 30, Denise de Carvalho, com sua posição pró-­Ebserh, assunto muito caro aos setores da comunidade universitária que defendem a autonomia,defendida também por Leher, causou enorme repercussão. Um vídeo gravado pela TV Adufrj (http://goo.gl/yQLrwV), com mais de 10 mil visualizações, registrou a fala da Denise sobre as relações da universidade com as empresas: “A formação de pessoal qualificado para fazer pesquisa no âmbito das empresas é a principal missão da universidade."
Denise desde o início marcou posição sendo contrária a maior parte das pautas centrais da chapa adversária. Além da sua posição pró-­ebserh, defendeu a ampliação do cursos pagos sob o argumento de que traria investimentos para universidade, afirmou ser a favor do modelo de terceirizações e das políticas de privatização na universidade.
Leher, tanto em suas pesquisas quanto em sua militância tem combatido a política educacional vinda do processo de Bolonha em que a educação passa a ser vista como mercadoria. Sob esse viés, Leher tem se posicionado contra as políticas neoliberais que vem tentando reduzir a qualidade do ensino nas universidades públicas com metas produtivistas advindas desse paradigma neoliberal para a educação, cerceando seus fundamentos democráticos e mercantilizando o ensino, reduzindo a qualidade da produção científica nas universidades e tornando a universidade mais excludente e menos democrática.
As universidade brasileiras tem sofrido um desmonte desde a década de 1990 no contexto de políticas neoliberais de cortes e privatizações nas áreas sociais como forma de combater a forte crise econômica mundial da última quinzena do século XX.
A partir do início da gestão do PT, o processo de precarização e privatização das universidades federais avançam com o enorme investimento em programas como FIES, PROUNI, REUNI e agora com a possibilidade da aprovação da PL da terceirização.
Como consequência a UFRJ, assim como outras universidades federais, vem sofrendo desde o início do ano com cortes na assistência estudantil, quase abandono da moradia estudantil, e falta de pagamento para os trabalhadores já precarizados das empresas terceirizadas.
Nesse contexto é fundamental um reitor que consiga garantir que a universidade federal mantenha sua qualidade e principalmente sua função social, administrando de forma democrática, na contra mão da maior parte das outras universidades federais.
A vitória de Leher contou com amplo apoio de movimentos sociais e de militantes de diversas organizações e partidos de esquerda. Uma experiência histórica que comprova a eficácia de uma frente de esquerda que tanto defendemos.
Agora é necessário pressionar para que a vitória de Leher seja reconhecida pelo governo federal, para que não se repita o que ocorreu em 1998 quando Fernando Henrique Cardoso nomeou outro candidato a reitor, diferente do que havia sido eleito pela universidade, contrariando e revoltando a comunidade acadêmica. Precisamos mais uma vez da unidade de movimentos sociais e da frente de esquerda para garantirmos essa vitória!

quarta-feira, 18 de março de 2015

26M: dia nacional de lutas em defesa da educação!


O Brasil é uma panela de pressão desde as jornadas de junho. Uma nova consciência crítica se ergueu e milhares de jovens e trabalhadores estão mais dispostos a lutar em defesa de seus direitos.
Porém, o Governo Dilma, agora reeleito, aplica suas políticas de ajustes fiscais e de contra-reformas que vão na contramão do que as ruas colocam.
Exemplo disso, é que mesmo dizendo que o lema de sua gestão será “Pátria Educadora” mal começou 2015 e o Governo Dilma faz um grande corte no orçamento dos serviços públicos de R$ 22,7 bilhões e a educação tem o maior corte, equivalente a R$ 7 bilhões por ano, 31% em relação a 2014. A isso se soma à equipe de ministros nomeados pela presidenta, o ministro da educação Cid Gomes, que declarou que “o professor deve trabalhar por amor, e não pelo salário”.
Esse corte do orçamento acontece ao mesmo tempo em que o Brasil reúne o maior conglomerado de educação privada, a Kroton-Anhanguera, que em 2013 totalizou cerca de 1 milhão de alunos e um valor de mercado de R$ 12 bilhões aplicados na Bolsa de Valores.
Enquanto o ensino privado lucra bilhões e a educação sofre um corte de milhões, centenas de estudantes que não foram aprovados nos concorridos e seletivos vestibulares elitistas voltam para as salas lotadas dos cursinhos, alimentando a perspectiva de que eles são os culpados por não serem “as melhores cabeças”, pagando caríssimas mensalidades pros cursos pré-vestibulares dos empresários da educação enquanto que as vidas dos que entram na universidade continuam pagando a conta dos banqueiros de Dilma.

Defender a juventude trabalhadora no Brasil e lutar por mais direitos

As demissões previstas ou as que já aconteceram no ramo da indústria, como na Volkswagen e na General Motors em São Paulo, no Comperj no Rio de Janeiro e a terceirização de cargos do serviço público, prevista no PL 4330, são parte do contexto em que 29,6 % de jovens com idade entre 18 e 24 anos não trabalham e não procuram emprego (dados de 2013 do IBGE-PNAD), e de 5,9% de queda na participação de jovens no mercado de trabalho desde 2012 (dados do IPEA).
O quadro do desemprego já é uma realidade da juventude nesse processo atual mais intenso de crise e recessão econômica que o sistema capitalista tem passado.
Por mais que haja uma propaganda do Governo Federal de que o jovem que hoje não trabalha está dentro de uma universidade, é preciso saber que o processo de precarização dessas instituições se intensificou desde quando o Governo Lula criou programas como o Reuni (Plano de reestruturação e expansão das universidades federais), e ampliou programas do governo FHC que estimulam o ensino privado como o Prouni (Programa universidade para todos) e o Fies (Programa de financiamento estudantil).
Essa ideologia propagada pelos governos é uma verdadeira farsa, pois a greve nacional da educação em 2012 mostrou que muitas universidades não tem políticas de assistência estudantil que garantam moradia, restaurantes, creches, além de infraestrutura mínima como prédios para salas de aula, bibliotecas e laboratórios.
O estudante que entra nessas instituições não consegue permanecer e se formar, ou aquele que ainda consegue o diploma, que não significa garantia de emprego, fica por anos endividado graças ao Fies.

Universidades em colapso

As universidades públicas e privadas entraram num verdadeiro colapso por causa dos pacotes de maldades implementados pelos governos. Mas, ao mesmo tempo a juventude não tem ficado calada diante destes ataques.
Universidades como a UFRJ e Unifesp, tiveram o início das aulas adiadas por várias semanas consecutivas devido à grande quantidade de demissões de trabalhadores terceirizados de limpeza e segurança. Os trabalhadores da UFG também sofrem com as demissões e precarização das condições de trabalho.
Estudantes da UFAL fizeram uma manifestação no início de fevereiro para exigir o pagamento das bolsas de cerca de 1300 estudantes que estavam atrasadas desde o mês de janeiro. Já na UFPB, as bolsas dos estudantes têm atraso de dois meses e a decisão foi de radicalizar ocupando a Reitoria da universidade no dia 20 de fevereiro.
Na Unifesp, os atrasos já ocorrem desde novembro de 2014 e muitos serviços foram cortados ou terceirizados antes do começo de 2015, como é o caso da limpeza, segurança e transporte. E atualmente, os estudantes da Unifesp estão em paralisação e é possível que entrem em greve.
Na UFF, os trabalhadores terceirizados têm atraso nos seus salários desde o ano passado e atualmente fazem piquete na porta da universidade paralisando as atividades e sensibilizando outras categorias como estudantes e professores com sua causa e trazendo mais pessoas para a luta em defesa do salários e de direitos trabalhistas.
A medida de corte no orçamento acontece também nas estaduais, como a UERJ, que teve que antecipar o recesso do ano de 2014 por dificuldades financeiras e começou 2015 com greve de funcionários da limpeza por não pagamento de salários e hoje o Governo Pezão reteve R$ 91,3 milhões de verbas, podendo paralisar alguns projetos da universidade.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está à beira de colapso, pois desde 2014 o Governo do Estado não repassou verbas de custeio e a universidade tem dívidas de energia elétrica e de água de mais de R$ 2 milhões, e agora não pode fazer cultivo de plantas, alimentação de animais do Hospital Veterinário, viagens dos alunos, sem possibilidade de pagar centenas de bolsas e materiais de laboratórios.
Nas universidades do Rio Grande do Norte, como a UERN e UFRN, já é habitual a falta de todo tipo de material de expediente e de limpeza no último trimestre de cada ano e os poucos investimentos são brutalmente cortados pelo Governo do Estado, além da imposição de catracas no restaurante universitário.

Unificar as lutas na educação a partir do 26M e construir uma Greve Geral!

Motivos não faltam para que lutemos pela educação pública, gratuita e de qualidade e por mais direitos ao nosso futuro.
É por isso que o Andes-SN, Anel e a Oposição de Esquerda da UNE e outros coletivos  estão convocando o dia 26 de março como um dia nacional de lutas contra os cortes na educação. Este dia não será o primeiro nem o último dia que estudantes e trabalhadores irão à ruas.
Devemos nos inspirar na greve geral dos trabalhadores do Paraná, que unificaram todas as categorias e enfrentaram os pacotes de maldades, ocupando a Assembléia Legislativa e expulsaram os deputados, fazendo-os sair escoltados.
Mas é preciso que sejam criados espaços nacionais unificados, para que nossas lutas não sejam fragmentadas.
Na compreensão do Coletivo Construção, daremos um passo maior para avançar nas lutas se unificarmos as pautas da Frente pelas Reformas Populares, encabeçada pelo MTST, sindicatos e movimentos populares, e o Espaço Unidade de Ação, composto por vários sindicatos. Somente com unidade das lutas da esquerda teremos um patamar superior de construção de um programa de combate às contra-reformas implementadas por todos os governos.
O 26 de março deve ser um dia de iniciativas radicalizadas nas escolas, universidades e cursinhos e de chamado para a luta contra os cortes de gastos e de defesa de 10% do PIB para a educação pública e já.
E a partir do 26M, a juventude que se reunirá no Encontro Nacional dos DCEs no dia 30 de março deve se somar à jornada nacional de luta dos Servidores Públicos Federais que acontecerá nos dias 07, 08 e 09 de abril em Brasília, para construirmos as bases na perspectiva de uma greve geral da educação no Brasil.

  • UNIFICAR AS LUTAS DA JUVENTUDE E DOS TRABALHADORES E CONSTRUIR UMA GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!
  • NÃO AO CORTE DE GASTOS!
  • NÃO ÀS DEMISSÕES!
  • POR 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA E JÁ!

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