A juventude e os trabalhadores que ocuparam as ruas em junho e que mantém as lutas contra as injustiças da Copa se unificam também em momentos intensos de luta contra governos e patrões. Com o estímulo da radicalidade de ocupar as ruas e de combater a exploração, foi dado mais um passo nas lutas da classe trabalhadora.
Na semana passada, os trabalhadores da Indústria Estatal de Material Bélico do Brasil (IMBEL) de Itajubá-MG entraram em greve por tempo indeterminado. Neste momento, mais 70% dos 970 trabalhadores continuam em greve, dizendo #NãoVaiTerFuzil.
A Imbel de Itajubá-MG tem 60% dos trabalhadores de todas as unidades da empresa pelo país e é responsável pela produção dos novos fuzis IA2, pistola, carregadores e todo armamento comercializado pela empresa. A categoria luta por um reajuste de 15% nos salários, além de abono e revisão do Plano de Cargos e Salários (PSC).
A greve da Imbel está inserida numa conjuntura de alteração da correlação de forças a partir das jornadas de junho. A vitoriosa greve dos garis no Rio de Janeiro é a luta mais recente que simboliza este novo momento que estamos vivendo, e se soma à atual greve dos técnicos administrativos em educação das universidades federais que estão em greve nacional.
E a luta é contagiante: trabalhadores das unidades da IMBEL de Juiz de Fora (MG), Rio de Janeiro (RJ), Magé (RJ) e Piquete (SP) acabaram seguindo o exemplo dos operários de Itajubá-MG e também entraram em greve por tempo indeterminado.
A juventude trabalhadora do Coletivo Construção está lado a lado dos trabalhadores da IMBEL, reivindicando a unidade de nossas lutas e sinalizando que é possível termos vitória se nos pautarmos na perspectiva de nos organizarmos para avançar e romper com a exploração.
Máquinas paradas! Braços cruzados! Trabalhadores nas ruas!
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