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quarta-feira, 19 de março de 2014

Coletivo Construção presente no Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação!

Por Felipe Alencar (Estudante de Pedagogia da Unifesp, Coletivo Construção-SP)

As jornadas de junho em 2013 ficaram para a história. A juventude, o povo e os trabalhadores mostraram aos patrões e governos que querem o atendimento de suas reivindicações.
O ano de 2014 já começou com muitas lutas estourando: rolezinhos, revoltas populares nos bairros periféricos, manifestações dos movimentos populares na luta por moradia, atos contra o aumento da passagem, greve dos trabalhadores das universidades, dos Correios, a histórica greve dos garis do Rio de Janeiro, e, claro, contra a Copa do Mundo.
Nós, do Coletivo Construção, refletimos sobre as lições das jornadas de junho que, apesar de terem sido lutas massivas e combativas, elas ocorreram de forma fragmentada. E já apontamos a importância de organizarmos um Encontro Nacional dos Movimentos em Luta que possa traçar um programa unitário para dar um passo qualitativo e coletivo para os momentos de luta que teremos no Brasil, principalmente durante a Copa.
Parte desse processo se dará no Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação, que ocorrerá no dia 22 de março de 2014, em São Paulo.
Convocado pela CSP-Conlutas, A CUT Pode Mais-RS, a Feraesp e o setor majoritário da Condsef, esse encontro tem como objetivo avançar na construção da unidade para fortalecer as lutas que estão em curso e que virão, bem como para buscar a unificação dos calendários e bandeiras e realizar grandes manifestações durante o período da Copa do Mundo. Nós assinamos a convocatória com mais 25 entidades, sindicatos e coletivos.
Com a realização deste Encontro Nacional, será dado um importante passo para a construção de uma alternativa política para o país. Para nós, devem ser priorizados quatro eixos da luta: tarifa zero no transporte coletivo, contra os despejos e demais consequências sociais da Copa do Mundo, mais investimentos em saúde e educação e o fim da criminalização dos movimentos sociais.
O Coletivo Construção sinaliza a importância de que este espaço dê fôlego para organizar outro Encontro mais amplo, que possa traçar um programa para além da Copa e a importância de uma greve geral de 24 horas, que paralise a produção num dia nacional de lutas da juventude, dos trabalhadores e do povo oprimido. 

Da Copa eu abro mão! Quero dinheiro pra saúde, educação, transporte e moradia!
Por um Encontro Nacional dos Movimentos em Luta!
Por uma Greve Geral de 24 horas!

Acesse a convocatória do Encontro assinada pelas entidades convocantes aqui

Leia abaixo a convocatória:

Reforçar a unidade para fortalecer a luta
BASTA DE PRIVILÉGIOS PARA A FIFA, GRANDES EMPRESAS E BANCOS! QUEREMOS SAÚDE, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE PÚBLICO, MORADIA, REFORMA AGRÁRIA E RESPEITO AOS DIREITOS DO POVO
O país se prepara para a Copa do Mundo em meio à expectativa de quem vai ser o novo campeão do futebol. Mas todo o espetáculo da mídia não esconde uma certeza: o Brasil vai se consagrando como campeão da desigualdade, injustiça, exploração e violência contra seu próprio povo.

Em junho passado vivemos um processo de mobilização social, com a juventude à frente, contestando o estado de coisas que somos obrigados a suportar: o caos da saúde pública, o descaso com a educação, a precariedade do transporte público. As autoridades fizeram discursos e promessas. Mas nada mudou.

Os governantes sempre alegam que falta dinheiro para investir e melhorar os serviços públicos. Mas, para os poderosos, nunca faltam recursos públicos. A Copa do Mundo é só mais um exemplo disso. Bilhões e bilhões de reais estão sendo despejados na construção de estádios e nas mãos de empreiteiras. Impostos são reduzidos para grandes empresas, benefícios são concedidos para os bancos e o agronegócio.

Enquanto isso, remoções forçadas estão ocorrendo nos grandes centros urbanos. Na periferia das grandes cidades a única presença visível do Estado é a da polícia, promovendo um verdadeiro genocídio contra a juventude pobre e negra. O povo pobre precisa ocupar terrenos para buscar o acesso à moradia.

Um processo de privatizações gigantesco está em curso.  O petróleo, portos, aeroportos, estradas, metrô, ferrovias e hospitais universitários estão sendo entregues pelo governo Dilma\PT a preço de banana para o capital privado. E, ao contrário da propaganda oficial, os recursos daí advindos não vão para a educação nem para a saúde.

O sucateamento dos serviços públicos atinge fortemente os servidores das três esferas de governo, que se veem desvalorizados e desrespeitados.

No campo, as grandes empresas do agronegócio, em sua maioria multinacionais, assumem o controle das terras, produzindo para exportação, enquanto o alimento fica mais caro em nosso país. Massacram trabalhadores assalariados, destroem a agricultura familiar, dizimam povos indígenas, atacam comunidades quilombolas. E tudo isso com apoio e financiamento dos governos.

Dentro da classe trabalhadora, as mulheres, negros e negras e LGBTs sofrem ainda mais, pois estão também sujeitos a toda sorte de discriminação e violência. O Brasil é um dos países onde mais se matam LGBTs no mundo; a violência contra a mulher aumenta a olhos vistos; quilombolas e povos indígenas seguem tendo seus direitos originários desrespeitados.

As mobilizações dos trabalhadores e demais segmentos são violentamente atacadas pela polícia. Há um processo de criminalização dos ativistas e jovens lutadores, com inquéritos policiais e processos judiciais que já atingem milhares de pessoas, ataques ao direito de greve e manifestação. Até o “rolezinho” dos jovens da periferia em shoppings está sob a mira dos patrões e sua justiça.

Essa situação não é obra do acaso, é fruto, principalmente, da ganância dos grandes empresários que controlam essa sociedade capitalista em que vivemos. Mas é também resultado de que os governos que temos no país. Os governos estaduais (PSDB, PMDB, DEM, PSB) tratam jovens e trabalhadores que lutam como bandidos e caso de policia. Infelizmente o governo Dilma segue o mesmo caminho, criminalizando os movimentos nos estados e colocando forças militares federais também a serviço da repressão das “forças oponentes”, como diz portaria do Ministério da Defesa.

NA COPA VAI TER LUTA!
Chega de dinheiro para a FIFA, grandes empresas e bancos
Recursos públicos para saúde, educação, moradia, transporte público e reforma agrária!
Basta de violência e de criminalização das lutas populares! Ditadura nunca mais!

A mudança deste cenário só virá com a luta dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre. Precisamos voltar massivamente às ruas, de forma organizada e tendo clareza de objetivos. Esse é o caminho para acabar com os abusos e a exploração a que estamos submetidos. É com união, organização e luta que vamos derrotar os ricos e poderosos.

A luta este ano já começou. Está em curso a campanha nacional servidores públicos federais, trabalhadores em educação preparam suas lutas nos estados, o mesmo ocorrendo com diversas outras categorias. Diversas ocupações urbanas estão em curso e operários lutam em defesa dos empregos na GM. Estão sendo preparadas as manifestações do dia internacional da mulher e em protesto aos 50 anos do golpe militar de 1964.

As entidades que assinam essa nota convidam a todas as organizações e movimentos sindicais, populares, culturais, da juventude de luta contra as opressões, que compartilham essa mesma compreensão para um encontro do mês de março. O objetivo é avançar na construção da unidade e organização para fortalecer as lutas que estão em curso e para buscar a unificação de calendários e bandeiras para uma grande jornada de mobilizações em junho/julho, durante a Copa do Mundo.

Precisamos articular essas lutas e voltar às ruas, realizando neste período grandes mobilizações sociais em todo o país. Vamos mostrar ao mundo a realidade escondida pela propaganda oficial mentirosa dos governos e da mídia. Vamos mostrar aos governos que não aceitamos a continuidade desta situação. Vamos mostrar aos bancos e grandes empresas que seus privilégios não podem continuar.

CHEGA DE DINHEIRO PARA A COPA, FIFA E PARA AS GRANDES EMPRESAS! RECURSOS PÚBLICOS PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO! 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA, JÁ! 10% DO ORÇAMENTO FEDERAL PARA A SAÚDE PÚBLICA, JÁ!

CHEGA DE DINHEIRO PARA OS BANCOS! SUSPENSÃO IMEDIATA DO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS EXTERNA E INTERNA! DINHEIRO PARA A MORADIA POPULAR E PARA O TRANSPORTE COLETIVO! TARIFA ZERO JÁ! TRANSPORTE E MORADIA SÃO DIREITOS DE TODOS!

CHEGA DE ARROCHO SALARIAL E DESRESPEITO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS! FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO! AUMENTO DAS APOSENTADORIAS! ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE 2003 E DO FUNPRESP!

RESPEITO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES ASSALARIADOS DO CAMPO E AGRICULTORES FAMILIARES! REFORMA AGRÁRIA E PRIORIDADE PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O POVO!

CHEGA DE PRIVATIZAÇÕES! REESTATIZAÇÃO DAS EMPRESAS PRIVATIZADAS! PETRÓLEO E PETROBRAS 100% ESTATAL! ESTATIZAÇÃO DOS TRANSPORTES!

BASTA DE MACHISMO, RACISMO E HOMOFOBIA!

BASTA DE VIOLÊNCIA, REPRESSÃO E CRIMINALIZAÇÃO DAS LUTAS SOCIAIS! DESMILITARIZAÇÃO DA PM!  ARQUIVAMENTO DE TODOS OS INQUÉRITOS E PROCESSOS CONTRA MOVIMENTOS SOCIAIS E ATIVISTAS! LIBERDADE IMEDIATA PARA TODOS OS PRESOS! REVOGAÇÃO DAS LEIS QUE CRIMINALIZAM A LUTA DOS TRABALHADORES E DA JUVENTUDE! DITADURA NUNCA MAIS!

Convocam:
CSP-Conlutas
A CUT Pode Mais (RS)
Feraesp
Setor Majoritário da Condsef
Fenasps
Andes-SN
Sinasefe
FNTIG
FNP
Conafer
Cobap
Asfoc
Sindicato dos Metroviários de São Paulo
CPERS
Simpe (RS)
APCEF (RS)
Sindserf (RS)
Sindjus (RS)
Sindicato dos Aeroviários (RS)
Anel
MTL
Luta Popular
Quilombo Raça e Classe
MML
Coletivo Construção
Juntos




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